segunda-feira, 25 de abril de 2011

; fresh start

        É mais ou menos assim: quando todas as portas se fecham, você mete um chute e abre uma delas. Na grosseria mesmo. Como mais poderia ser?

        Às vezes a vida parece estar horrível, estagnada, como se nada mais no mundo fosse fazer sentido... Bem, é só dentro da sua cabeça. Sério mesmo, basta uma mudança de visão, uma virada de rumo, um grito, uns palavrões e um chute na porta... E as coisas começam a voltar pros seus devidos lugares.
        Mais ou menos o que tem acontecido comigo. Cansei de andar em círculos, de terminar sempre sozinha, com a cabeça no travesseiro e sem conseguir dormir, pensando em mil e uma coisas que estavam erradas na minha vida. Descobri, então, que a errada na história era eu, e percebi que era hora de mudar. E tinha que começar por dentro, eliminando os sentimentos e pensamentos ruins, aquele monte de velharias que a gente acaba guardando, afogando dentro de nós.
        Agora estou limpa... Reciclada. Uma nova-velha-eu.

        Por mais que tudo isso soe como livro de auto ajuda.

        E de repente o caminho parece certo de novo. Tudo está se encaixando e olha, não posso reclamar de nada não. Que os bons ventos continuem soprando...

        Amém!

sexta-feira, 8 de abril de 2011

; sei lá!

        Confesso: às vezes tenho medo. Medo do sei lá.


        É uma confusão imensa que borbulha em algum lugar dos confins do meu cérebro – já não muito normal, usualmente – e me deixa com uma sensação bizarra de inquietude. Esse sei lá é como aquela pulga atrás da orelha, algo que gruda na garganta e tende a ser pior que azia de ressaca. Pois é.
        É um tal de sei lá se quero isso, se quero aquilo ou se quero o outro. É um tal de sei lá se prefiro branco ou preto, alto ou baixo, calma ou correria, Beatles ou Rolling Stones... É um tal de sei lá se quero ficar, se quero ir, se quero que vá ou que volte! Um tal de sei lá que não me deixa ir pra lado nenhum, e que ao mesmo tempo me move numa inércia maluca e descontrolada pra no fim das contas eu não fazer idéia de onde vim ou pra onde estou indo.
        Acho que isso é comum nesses tempos de juventude, mas sei lá se passa logo. Tomara que passe, porque é extremamente desconfortável. Às vezes tenho vontade de sair xingando todo mundo, às vezes tenho vontade de ficar quieta e quero que todos me deixem em paz. E chega num ponto em que as coisas ficam chatas de tão indecisas, e nada mais impressiona, e nada mais é novidade... E aí eu canso. E tudo parece apático.
        Cadê as cores, hein?

        Acho que ando blasé demais.
        Será?
        Ah, sei lá!





o negócio de beatles ou rolling stones é puramente estético, todos que me conhecem sabem que eu sou um tanto quanto beatlemaníaca...

e eu sei, é meio tarde pra ter crise "teen" quando já está se passando dos vinte, mas todos dizem que eu tenho cara de pirralha mesmo, então lidem com isso =|

estou voltando a escrever depois de alguns meses escuros, frios e tristes do meu lado criativo mais inoperante que sistema de callcenter, eu sei que os textos estão uma merda, então sintam-se totalmente livres pra jogarem isso na minha cara :)

ah! escrevi um texto bonitinho, fofinho e todo inho pro perfil do meu irmão no Orkut, quem quiser ler clica aqui e depois dá 01 seguida nele no twitter, juro que ele só dá em cima das meninas maiores de quatro anos de idade, gente! :D

01 beijos!

ps: Jones na minha cama agora cantando Don't Know Why, vou dormir com ele então e tals :*
ps2: sim, estou com sono
ps3: neiligo pra vcs
ps4: mentira, ligo sim \hug

TÁ, fui, não precisa mandar gente :/

domingo, 3 de abril de 2011

; quarto escuro

        Luzes apagadas e imaginação a mil.

        No quarto escuro as máscaras caem e o mundo é cru como realmente deveria ser.
        Quando sou eu e só eu, eu e o escuro, os pensamentos ecoam, batem nas paredes e voltam, chocando-se em mim e me chocando de volta.
        Os medos aparecem e se mostram, me deixando com aquela sensação estranha de consciência plena, com o gosto amargo que me segura na insegurança. Os receios pulam pra fora, gritam face à face a mim, me fazendo lembrar de quem realmente sou. No quarto escuro os desejos afloram, os instintos emergem e sufocam.
        Os pensamentos mais absurdos e deturpados vêm de encontro à pureza estúpida que insiste em ser fachada, fechada no semblante por vezes insosso, se confundem e se abraçam numa dança estranha, celebrando a existência plena. As risadas são a melodia, o choro é a poesia... No escuro, sou a verdadeira face de mim.
        E quando as luzes se acendem?
       
        Meus olhos se fecham na opacidade da mentira descarada, escondendo absolutamente tudo – da luxúria ao medo, e todos os outros segredos –, e o sorriso esconde o turbilhão que realmente existe aqui dentro... Dentro de cada um de nós.