A areia
vai caindo, grão a grão, e eu olho para o desenho. Não me lembro de quando troquei
o lápis preto pelos outros, mas de fato, está ficando bom. Colorido. Cheio de
camadas, de calor e de sorrisos.
As cores
brincam, tom sobre tom, assim como na música. E é assim que me sinto
confortável – quando tudo se mistura numa coisa só. Quando eu sou uma coisa só.
Música, cor, nota, traço, acorde, canção... Sentido. Sentindo. Ou não.
Mais
areia pra baixo e eu sei que está em ritmo intenso, mas estou satisfeita com o
resultado até aqui. Os traços são firmes, concretos, corretos, um leve colorido
montando a aquarela daqui de dentro. Eu gosto do brilho, do tom, do gosto, do
som...
Os grãos
terminam. Hora de virar de cabeça pra baixo e começar de novo a contagem, a
melodia, a montagem, a composição.
E tocar
(a música, o tempo, a vida).
arco íris escorrem dos meus olhos depois de ler isso, senhor...
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