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quinta-feira, 8 de setembro de 2011

; garbage

        Nos escondemos atrás das pequenas brigas fúteis do dia a dia porque temos medo do que realmente mora dentro de nós. O medo é maior que a nossa coragem de colocar tudo pra fora, de discutir o que realmente nos incomoda, de colocar ponto no lugar de ponto, pingo no lugar de pingo. Porque torcer o nariz e fechar a cara é muito mais fácil que explicar o motivo pelo descontentamento e tentar trabalhar em cima disso para que não aconteça novamente.
        Porque estamos presos nessa estupidez chamada comodismo. Porque sair dessa área de conforto daria muito trabalho, muita discussão, muitos argumentos que por muitas vezes sabemos ser ridiculamente falhos, argumentos que seguram, como cordas frágeis, nossas relações cotidianas.
        É mais fácil apenas fechar os olhos e passar pro próximo capítulo, fingindo que nada aconteceu, que está tudo bem. Porque uma vez que a caixa de pandora está aberta, somos obrigados a nos expor, expor mais do que gostaríamos normalmente. É mais fácil continuar estocando o monte de lixo na garganta.

        Quer uma dica? Vomite. E então recicle-se.



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ps.: Observando, apenax.

pps.: Depois de algum, foi isso aí que saiu... Estou voltando. Aos poucos, mas vamos lá...

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

; João 4:20

"Se alguém diz: Eu amo a Deus, e odeia a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu?"



e eu nem sou tão Cristã assim...

sexta-feira, 13 de maio de 2011

; mateus 7:1-5

           Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós. E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho?
           Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão.





Tua bíblia, tantas verdades...

segunda-feira, 9 de maio de 2011

; capítulo treze, versículo quatro

        O amor é sofredor. Faz doer e sente suas próprias dores, muitas vezes em voz alta, e outras tantas com gritos silenciosos de lágrimas presas entre olhares. O amor é do bem. Bom, benigno e adjetivos sinônimos. O amor não é invejoso, não é mensurável ou comparável em níveis, não pode ser divido em categorias ou subtítulos.
        O amor não é fútil, não. É leve, é duradouro, é raro e especial. O amor não traz consigo a arrogância, pelo contrário. Ele nos ensina a humildade, nos coloca no devido lugar daquele que não tem nada em mãos além daquilo que sente. Não é soberbo ou orgulhoso.
        O amor não se importa com a indecência e não tem regras. Ele não busca interesses, não se irrita. É inocente, ingênuo, e faz com que tenhamos a estúpida idéia de nos entregarmos sem pensar em momento algum no que pode vir a acontecer pela frente. O amor não folga com a injustiça, mas folga com a verdade.
        O amor é sempre hipérbole: sofre com tudo, acredita em tudo, tem esperança em tudo – e todos, suporta tudo. Não exige. Não tem bula, contra indicações.  O amor nunca falha. Mas havendo profecias, serão aniquiladas. Havendo línguas, serão caladas. Havendo ciência, será subjugada, ignorada... Desaparecerá.
        Porque em parte, realmente conhecemos e entendemos... Mas na ampla e esmagadora maior parte, apenas profetizamos.

Ainda que eu falasse a língua dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que o tine. E ainda que tivesse o dom da profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria. E ainda que distribuísse toda a minha fortuna aos pobres, e ainda que entregasse meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.

       
       
       
Apenas reflita! :)

segunda-feira, 25 de abril de 2011

; fresh start

        É mais ou menos assim: quando todas as portas se fecham, você mete um chute e abre uma delas. Na grosseria mesmo. Como mais poderia ser?

        Às vezes a vida parece estar horrível, estagnada, como se nada mais no mundo fosse fazer sentido... Bem, é só dentro da sua cabeça. Sério mesmo, basta uma mudança de visão, uma virada de rumo, um grito, uns palavrões e um chute na porta... E as coisas começam a voltar pros seus devidos lugares.
        Mais ou menos o que tem acontecido comigo. Cansei de andar em círculos, de terminar sempre sozinha, com a cabeça no travesseiro e sem conseguir dormir, pensando em mil e uma coisas que estavam erradas na minha vida. Descobri, então, que a errada na história era eu, e percebi que era hora de mudar. E tinha que começar por dentro, eliminando os sentimentos e pensamentos ruins, aquele monte de velharias que a gente acaba guardando, afogando dentro de nós.
        Agora estou limpa... Reciclada. Uma nova-velha-eu.

        Por mais que tudo isso soe como livro de auto ajuda.

        E de repente o caminho parece certo de novo. Tudo está se encaixando e olha, não posso reclamar de nada não. Que os bons ventos continuem soprando...

        Amém!

domingo, 3 de abril de 2011

; quarto escuro

        Luzes apagadas e imaginação a mil.

        No quarto escuro as máscaras caem e o mundo é cru como realmente deveria ser.
        Quando sou eu e só eu, eu e o escuro, os pensamentos ecoam, batem nas paredes e voltam, chocando-se em mim e me chocando de volta.
        Os medos aparecem e se mostram, me deixando com aquela sensação estranha de consciência plena, com o gosto amargo que me segura na insegurança. Os receios pulam pra fora, gritam face à face a mim, me fazendo lembrar de quem realmente sou. No quarto escuro os desejos afloram, os instintos emergem e sufocam.
        Os pensamentos mais absurdos e deturpados vêm de encontro à pureza estúpida que insiste em ser fachada, fechada no semblante por vezes insosso, se confundem e se abraçam numa dança estranha, celebrando a existência plena. As risadas são a melodia, o choro é a poesia... No escuro, sou a verdadeira face de mim.
        E quando as luzes se acendem?
       
        Meus olhos se fecham na opacidade da mentira descarada, escondendo absolutamente tudo – da luxúria ao medo, e todos os outros segredos –, e o sorriso esconde o turbilhão que realmente existe aqui dentro... Dentro de cada um de nós.

sábado, 29 de janeiro de 2011

; a dor e a delícia...

        Nasci sem saber, mas cresci aprendendo. Vesti a curiosidade, temi e superei, gostei, desgostei, caí. Talvez tenha demorado para levantar em alguns momentos. Talvez em outros tenha levantado rápido demais, como quando levantamos da cama de uma vez e terminamos caindo de tontura.
        Vi. Ouvi. Tateei. Senti gostos, gostosuras. Senti o cheiro da chuva e nela me derreti num dia de verão. Aprendi a diferenciar, e aprendi que diferente não é errado, e que o errado nem sempre é diferente.
        Cresci. Talvez não tanto quanto gostariam que eu crescesse, e talvez não tanto quanto deveria ter crescido. Cresci ligeira, pra afastar a dor o quanto antes. E mudei. Porque tudo muda, você muda e o mundo junto, junta. Nas diferenças. E nas semelhanças, também.
        Descobri o interior para trabalhar o exterior. Sorri. Porque nos sorrisos mostramos o que realmente importa. Chorei, porque extravasar é parte importante do aprendizado. E aprendi, nesse meio tempo, que é preciso jogar fora tudo de velho, para que o novo tenha lugar para ficar. Reciclei, mudei o ciclo. 
        E vou em frente, buscando força e bom caminho, me equilibrando entre a dor e a delícia de ser quem eu sou. Fechando buracos e remendando as feridas de um pouco daquilo demais que vivi, me apoiando no pouco do tudo que penso.



texto inspirado no título e no subtítulo do blog da Chris Carolo! :)

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

; lute

        Acho que a mensagem "o que transmitimos é o que volta ao nosso encontro" é muito verdadeira em vários pontos, mas moldo essa crença de outra maneira para o meu dia-a-dia.
        Creio, sinceramente, que toda essa conversa de transmissão tem mais a ver com o acreditar. Quando acreditamos com todas as nossas forças que podemos fazer algo, que podemos alcançar um objetivo, conscientemente ou não partiremos em busca desse sonho até o fim.
         Temos em nossas mãos não apenas as energias positivas que os livros citam... Temos o poder de fazer acontecer. O poder não apenas de sentir, mas o de mudar. O poder de erguer a cabeça, manter os olhos no horizonte e corrermos até as nossas forças se esgotarem para finalmente conseguirmos alcançá-lo. Temos o poder de acordar a cada dia e decidir o que iremos fazer, como usaremos o nosso tempo e como agiremos para que o mundo acabe nos recompensando.
         Nada vem de graça. Ficar sentado o dia inteiro lamentando "o que era pra ser, mas não foi" não leva ninguém a lugar algum. Chorar pelo amor perdido, ou pelo alguém que nunca chegou a realmente ter, não leva alguém a lugar algum. Descontar nos outros suas próprias frustrações sem mover um dedo sequer para fazer as coisas serem diferentes, definitivamente, não leva alguém a lugar algum. Os outros não tem culpa pelos seus próprios erros. Os outros não tem culpa pelas injustiças que você insiste em dizer que acontecem com você, ninguém é culpado pelos seus amores ou desamores.
        Cada um deve carregar o fardo que lhe cabe, com sorriso no rosto e expressão determinada. Só assim as alternativas aparecerão.
        E é preciso tentar. Ir além dos limites, ir além da cômoda sensação de impotência que muitos de nós deixam se abater e uma vez ali, dificilmente fazemos algo para mudar. É preciso seguir em frente.
        Lágrimas não traçam caminhos, gritos não derrubam obstáculos.

        Como disse o mestre: As pessoas se sentem desiludidas porque passam tempo demais se iludindo.
        Não se iluda – Lute.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

; vontade

        As nuvens cobriam todo o céu, mas por entre algumas delas eu podia facilmente distinguir a lua e as estrelas. Estava deitada na cama, janela aberta e olhos atentos no eclipse que estaria para acontecer. O vento soprava de leve e a chuva vinha preguiçosa.
        Junto com a chuva - e com o eclipse já eminente, talvez - vieram os pensamentos. Os pensamentos sobre presente, sobre passado e sobre futuro. Os pensamentos que me levaram naquele momento a dimensões que só costumo visitar em sonhos, nos mais doces sonhos. Daquele tipo de sonho que a gente dorme torcendo pra ter.
        E todos esses pensamentos se fundiram e se transformaram em vontade. Vontade de que as estrelas brilhassem um pouquinho mais. Vontade de que o eclipse durasse um mês todo, não só algumas horas, pra eu ter uma desculpa plausível pra ficar feito boba olhando a lua. Vontade de que as horas não passassem, e vontade de que o futuro distante chegasse bem naquele momento, só pra ver se a ansiedade acabaria de uma vez. Vontade de que as coisas fizessem um pouco mais de sentido, que fossem mais como histórias de filme e menos como vida real. Vontade de ter alguém mais perto... Bem mais perto.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

; what about the future?

        Meninas por todo o território nacional acordam pensando em como será o dia na escola. Com quantos gatinhos conversarão naquele dia, e quantos as adicionarão no orkut. Saem de suas camas de confortáveis lençóis de algodão pra irem pra frente do espelho exagerar na dose da chapinha, do perfume e da maquiagem. Colocam roupas curtas e tão coladas ao corpo que fariam o cabelo de qualquer senhora de quarenta e poucos anos ficar de pé. Passam perfume, sorriem pros pais que acham tudo aquilo lindo e partem para mais um dia em que se dividem entre ficar com o menino da turma mais velha e acabar com a vadia da sala que se acha melhor que eu.
        Seu sonho é conhecer a Disney.
        Seu pesadelo é uma greve de manicures.
        Sua ferramenta é o Photoshop.
       
       
         Meninos por todo o território nacional acordam pensando em como será o dia na escola. Em quantas meninas passarão uma cantada, quantas suspirarão quando os virem passar. Pulam da cama de lençóis de algodão e pisam sem querer no controle do Xbox 360, aquele que eles ficaram jogando até altas horas da madrugada no dia anterior. Correm pra frente do espelho pra arrumar a franja de acordo com a moda atual. Vestem calças justas e blusas tão justas quanto, tudo em tons coloridos, vibrantes. Tomam banho de desodorante teen, sorriem pros pais que acham tudo aquilo lindo e partem para mais um dia em que se dividem entre falar sobre os times de futebol na escola e discutir sobre qual é a melhor banda colorida da atualidade.
        Seu sonho é ter o tênis mais caro do shopping.
        Seu pesadelo é que chova em seu cabelo.
        Sua ferramenta é o RedTube.




        Enquanto isso, em Brasília, políticos aprovam aumento de sessenta porcento no salário do legislativo e do judiciário.
        E o futuro, Brasil?
        Está nas mãos daquelas crianças ali em cima.
       
        Pensem nisso.
        E temam.


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Indignação é a palavra...

domingo, 5 de dezembro de 2010

; se essa rua, se essa rua fosse minha...

        São como pequenas pedrinhas de brilhante das nossas ruas ladrilhadas dos tempos da imaginação e das cantigas infantis: coloridas, aquele brilho que as faz tão vivas, aqueles tons que não sabemos explicar. E então uma delas te chama atenção: no meu caso a menorzinha, a mais estonteantemente bela e cintilante de todas elas – ao menos aos meus olhos.
        Descobri que ela tem luz própria, e por isso é tão atrativa. E com sua luz própria – quente e aconchegante –, tomei em minhas mãos e percebi que seu lume envolvia a mim, e a cada um mais que tocava logo em seguida, e então o próximo depois disso. Contagiante, essa é a palavra.
        Tem aquele quê de graça que ninguém consegue explicar. O encanto que transborda de toda ela, e quanto mais você olha e mantem os olhos sobre ela, mais encantado fica. Aquela lindeza que embasbaca, a suavidade que deixa a todos paralisados, de certa forma. Um pequeno mimo – pequeno de verdade, mas de uma grandeza que me faltam as palavras para descrever.
        Àquela pequena pedrinha de brilhante enche os olhos e toca o coração. Nos faz querer rir, querer guardá-la para todo o sempre num bolso seguro, protegê-la dos olhos alheios. Faz com que queiramos defendê-la de qualquer olhar maldoso, cobiçoso e invejoso que possa, porventura, tocar-lhe em algum momento. Ah, pedrinha intrigante!
        E a ela dei o nome de amiga.


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E a amiga tem nome: Fernanda!
Feliz aniversário, Fergalicious! Muitas felicidades pra você, sua linda! *-*
Esse é especial pra ela, mas obrigada a todo mundo que visitar, e dois obrigadas pra quem visitar e comentar! :)
Beijooos!

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

; simples assim

        E tem gente que não leva o que escrevo a sério.

        Pois saiba que as palavras são as únicas armas das quais me disponho a usar. São só as palavras, tudo o que eu tenho. Tudo o que eu tenho para construir argumentos e contra-argumentos, tudo o que eu tenho para lutar. São as palavras o meu único meio para construir sorrisos intermináveis e para conseguir, heroicamente, fazer brotar uma lágrima ou duas nos olhos de quem as lê. Nos seus olhos.
        São só essas palavras, duradouras ou talvez não, que eu tenho para tocar o seu coração. São essas palavras meu único meio de tentar, de alguma forma, fazer o (seu) mundo um pouco melhor. São elas que dedico a você, com a esperança de que façam o mínimo sentido e que façam com que você possa sentir, assim como eu sinto.
        Simples assim. Simples como qualquer palavra...

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

; sobre as coisas que fiz

        Ultimamente só consigo pensar nas marcas que deixo pra trás. Sei que arriscar nem sempre é bom, mas eu sou assim... Inconsequente, de certo modo. Não é que me cause prazer, ou que eu queira ser rebelde e quebrar duas ou três regras pros outros ficarem putos e gritarem comigo até estourarem as cordas vocais. Não.
        Eu só penso que daqui a dez, talvez quinze anos, quero olhar pra trás e me sentir bem. Quero me sentir bem por ter me permitido escolher, por ter me permitido arriscar. Por ter me jogado de cabeça em algo totalmente novo, que todos julgariam irresponsável. Quero me sentir orgulhosa pelos caminhos que tomei, e por ter me deixado experimentar. Quero ter a consciência plena de todas as situações absurdas em que me meti, e de todos com quem esbarrei por aí. Tudo que deixei que me marcasse, cada detalhe que guardei pra mim. Cada madrugada virada com os amigos. Cada show, cada bebedeira, cada crise de riso, cada canção, cada palavra. Quero olhar pra trás e me sentir bem por ter feito cada uma das minhas insanidades.
        Porque sem isso eu provavelmente me sentiria incompleta. Sem isso eu sentiria como se tivesse deixado metade da vida para trás, como páginas em branco que poderiam ter sido rabiscadas, escritas, desenhadas, coloridas. Não.
        Quero que minha vida seja um livro completo. Não apenas capa e contracapa, mas o todo: o começo bonito, o meio conturbado e cheio de idas e vindas; e então o final, que ninguém sabe ao certo como será.
       
        Nunca fui dessas que gostam de clichês, mas um caberia bem: quero me arrepender do que fiz, não do que deixei de fazer.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

; aquele tal de livre arbítrio

        Seguir um caminho sem saber ao certo onde vai dar faz parte dos percursos ridiculamente instrutivos e necessários na vida. Sem isso provavelmente seríamos apenas pessoas comuns, banais, ordinárias – lisas, impecáveis, imaculadas.
        A graça de cada pequeno progresso são as cicatrizes. Os pés cheios de bolhas, as mãos com calos, os cotovelos ardendo, os joelhos ralados. As batidas de cabeça que nos ensinam mais do que qualquer conselho de mãe – aqueles que quase sempre ignoramos e que são infalivelmente certeiros. Mas creio que também faça parte do caminho ignorar a todos eles.
        O ser humano não aprende com palavras bonitas. Não aprende com vozes afáveis. Precisamos da dor. A dor é a beleza do ser, é a beleza de ser e de estar e de cair e de querer continuar...
        Fiquei brava com Deus algumas vezes. Duvidei que ele existisse, em outras. Mas hoje entendo que ele realmente escreve certo por linhas tortas... Ele realmente dá os pés certos para cada caminho tortuoso. Cabe a cada um de nós decidir entre a dolência ou o deleite dos tombos. É aquele tal de livre arbítrio.


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ps: atualizei o Flickr e o deviantArt ontem. quem usar algum deles e quiser passar pra dar uma olhada, adorarei! :)

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

; my band

Cara, peguei a dica no blog do Agni, achei super legal e resolvi tentar! :)

O negócio é o seguinte: tá rolando no facebook uma brincadeira bem legal onde o propósito é "criar" sua banda; o nome e a capa de um CD. Funciona assim:

  1. Acesse um artigo aleatório no Wikipedia em http://en.wikipedia.org/wiki/Special:Random. O título do primeiro artigo que aparecer será o nome da sua banda;
  2. Veja algumas citações aleatórias do Quotations Page em http://www.quotationspage.com/random.php3. As últimas quatro ou cinco palavras da última citação será o nome do seu álbum;
  3. Explore fotos interessantes do Flickr na última semana em http://www.flickr.com/explore/interesting/7days. Não importa quais fotos apareçam, a terceira delas será a capa do seu álbum;
  4. Use o Photoshop ou o GIMP para fazer a montagem da capa do seu álbum;
  5. Publique o resultado final no seu mural no Facebook juntamente com essas instruções, e “marque” na imagem todos os amigos que você quiser chamar para a brincadeira. 

Quem gostar da brinks e tentar também, posta aí nos comentários o resultado! ;)

O meu ficou assim:


sexta-feira, 5 de novembro de 2010

; l'amitié

        Encho um cantil com o ínfimo da minha sabedoria, e o tambor das armas com palavras tão perigosas quanto balas de prata. Como as balas, uma vez que as atiro elas não terão mais volta... E eu não quero que elas tenham.
        Entro nas trincheiras e mantenho a cabeça erguida. Não importa o quão sujo seja, o quão perigoso há de ficar. Não importa os riscos que correrei. Como disse o poeta: Da luta, não me retiro. E não me retiro!
        Se o que está em jogo é a felicidade dos que amo, jogo meu peito aberto na frente de qualquer mal – mesmo que meu peito seja apenas a mistura estúpida de pele, sangue e coragem. Tenha certeza: ficarei em pé até que o último inimigo caia. Ou até que eu caia.
        Da luta eu não me retiro.
        Manterei os olhos abertos e atentos. A espinha ereta. E aquela expressão de quem quer ameaçar, mesmo quando não está em condições para tal. Mantenho meu arsenal de frases e orações, prosa e poesia, para o meu Deus, para o seu Deus, para o nosso Deus... E para que todos eles se juntem e nunca nos desamparem.
         Pelos meus amigos, faço o que posso. E o que não posso. E o que não deveria fazer. Porque são os meus amigos. E quando sou por eles, nada nesse mundo é capaz de me deter.



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Inspirados em acontecimentos recentes e em chiliques twitterísticos.

Esse vai especialmente pro @johnbubbles, pra @fbgalo, pros VIPs de merda, pro @brumricardo, pra galera da Ribeirão Rock, pra Lanninha, pros caras [:D] e pra todos aqueles que sabem que têm um lugar especial no meu ésse dois.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

; com muito esmero...

        Sento-me na mesa, não deixando que o tampo de carvalho escuro atemorize-me. Apalpo as folhas esbranquiçadas, apreciando a textura de cada uma. Desaferrolho o tinteiro e submerjo a ponta da pena, deixando-na ali, engolfando, por alguns segundos. As primeiras letras trilhadas no papel contêm aquele quê de tinta em demasia, uma destemperança causada não só pelo tempo descomedido que a pena havia passado embebida na tinta, mas também pela sofreguidão em minhas mãos, ávidas em correr o papel.
        Os ditos se agrupam: verbos, vocativos, substantivos, advérbios, adjuntos, todos formando as orações. Não há muito senso nos rabiscos, todavia presumo que ninguém haverá de se importar. Para que há de prestar uma idéia quando se tem ênclises? Mesóclises? Usá-las-hei, todas. Coloca-las-hei entre esses escritos, porque tenho ciência de que ninguém há de se importar. De que vale uma idéia, quando o resultado é tão rebuscado?
        Continuarei, então, compondo estapafúrdios desprovidos de qualquer ideal. Apenas desejo comprovar, reafirmar, o que quero que todos suponham sobre o que sou: tenho intelecto. Rebusco. Esmero. Requinto. E mesmo que não haja escopo algum, impressiona. Quiçá comove! E assim levo, e não cessarei tão cedo, pois penso que tornar-me-hei mais versado a cada nova composição...
        Ledo engano.



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Há um quê de ironia, pois sim.




Espero que ninguém tenha dormido na metade do texto, porque cara... Eu dormiria!
Beijos.

domingo, 24 de outubro de 2010

; aqueles

        Sei que nosso caráter forma-se através de uma soma de todas as coisas pelas quais passamos durante a vida: tanto as grandes experiências quanto as pequenas, tanto aquelas as quais sempre nos lembramos quanto as que ao menos firmam-se em um pedacinho na nossa memória. Somos feitos não só de carne e sangue, mas também de vivência, de erros e acertos. E tudo isso envolve, direta ou indiretamente, outras pessoas.
        Tive a sorte de encontrar por aí as melhores. Algumas encontrei em lugares comuns, quando eu menos esperava... Outras me foram apresentadas e então se tornaram da maior importância. Aqueles com quem divido dias, horas, ou alguns momentos esporádicos, mas que eu tenho certeza que sempre estarão ali.
        A ciumenta com o maior coração que existe. A loira que não é loira. O moço das bolhas. A baixinha atrapalhada das caretas mais fofas. O sulista que tenta esconder o enorme coração que sei que está lá. As duas que se completam e me completam também, com sorrisos, abraços e conselhos. A italiana Homer Simpson. A poliglota. A guitarrista com o abraço mais gostoso. O menino-hipérbole.
        Talvez não façam a menor idéia do quanto são importantes - mas são. São, também, da maior estima. Me transformam a cada dia com pequenos sorrisos, abraços quentes e grandes conselhos.
        Insubstituíveis. Inestimáveis. Incomparáveis. Imprescindíveis.
        E esses são só os Is.


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Esta sou eu, tentando duramente resistir ao eu-romântico.
Um pequeno mimo àqueles que fazem com que eu seja um pouquinho mais feliz a cada dia. :)

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

; (trying to be) Rational

        Racionalizei sobre ganhos e perdas. Fiz as contas, a matemática exata. Consegui ver a lógica, palpável, apoiada pelos fatos que não se pode ignorar. Absoluta verdade em forma de números. Sobre o amor, a vida (o universo, e tudo mais?).
        Olhei para as estrelas e perdi algum tempo pensando. Percebi que jamais poderia contá-las – são muitas, muitas mais do que a imaginação limitada de um único ser humano pode alcançar. Percebi que jamais poderia alcançá-las. Elas estão tão longe, e são tão absolutas em sua grandeza... E percebi que jamais, em hipótese ou dimensão alguma, eu conseguiria entendê-las.
        Refleti sobre o amor. Consegui juntar uma ou duas conclusões, depois de enumerar alguns fatos. Consegui ter uma mínima percepção do que ele causa em cada um de nós – sendo verdadeiro ou não, correspondido ou não, apaixonado ou não. E entendi que minhas conclusões não levariam ninguém a lugar nenhum.
        Bobeira, felicidade infundada, depressão completa, borboletas no estômago, algum déficit nas funções mais racionais... Isso todo mundo conhece, sabe que acontece. Ou boa parte das pessoas conhecem, pelo menos alguma dessas constatações.
        Mas definir o amor? Por mais que racionalize, pense, reflita... Não dá.



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O eu-romântico vai se despedindo lentamente, dando olá ao eu-racional... :D

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

; o anjo mais velho

        Talvez ainda não tenha se dado conta, mas você é minha bússola. Saber que você está aí – mesmo que o seja tão longe – faz com que eu consiga me orientar, faz com que eu consiga manter o caminho certo, a cabeça firme, enquanto o mundo continua girando e as coisas mudando, pra melhor ou pra pior. Pessoas vêm e vão, tudo muda e você continua ali... Por mim. Pra mim. Enchendo a minha alma e o meu espírito com tudo aquilo que um dia eu cheguei a duvidar que existisse. Que eu duvidei que pudesse durar. Mas agora eu acredito. E me desculpe por ter subestimado antes.
        O seu vazio continua aqui (porque sim,é realmente longe, mais longe do que posso aguentar às vezes). Traz consigo a falta de cor, a falta de sentido, o silêncio em todos os cantos... Mas é temporário. Eu preciso acreditar com todas as minhas forças que é. E enquanto isso eu me agarro às palavras, à luta, à coragem, à força, porque sei que um dia tudo vai valer a pena... Só precisamos chegar ao fim.
         O fim? Não sei ao certo. Depende do que faremos, do rumo que decidirmos tomar... Depende de como você vê. Mas precisamos manter a fé. Em mim, em você, em nós. E com ela virá a certeza de dias bonitos, cheios de música, chocolate quente e palavras – prosa e poesia.
        Enquanto isso estou aqui... Lembrando.

        só enquanto eu respirar...


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ps: qualquer semelhança com a música do Teatro Mágico não é mera coincidência.
ps2: juro que o eu-romântico vai embora! esse foi o último! (yn)