quinta-feira, 8 de setembro de 2011

; garbage

        Nos escondemos atrás das pequenas brigas fúteis do dia a dia porque temos medo do que realmente mora dentro de nós. O medo é maior que a nossa coragem de colocar tudo pra fora, de discutir o que realmente nos incomoda, de colocar ponto no lugar de ponto, pingo no lugar de pingo. Porque torcer o nariz e fechar a cara é muito mais fácil que explicar o motivo pelo descontentamento e tentar trabalhar em cima disso para que não aconteça novamente.
        Porque estamos presos nessa estupidez chamada comodismo. Porque sair dessa área de conforto daria muito trabalho, muita discussão, muitos argumentos que por muitas vezes sabemos ser ridiculamente falhos, argumentos que seguram, como cordas frágeis, nossas relações cotidianas.
        É mais fácil apenas fechar os olhos e passar pro próximo capítulo, fingindo que nada aconteceu, que está tudo bem. Porque uma vez que a caixa de pandora está aberta, somos obrigados a nos expor, expor mais do que gostaríamos normalmente. É mais fácil continuar estocando o monte de lixo na garganta.

        Quer uma dica? Vomite. E então recicle-se.



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ps.: Observando, apenax.

pps.: Depois de algum, foi isso aí que saiu... Estou voltando. Aos poucos, mas vamos lá...

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

; João 4:20

"Se alguém diz: Eu amo a Deus, e odeia a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu?"



e eu nem sou tão Cristã assim...

segunda-feira, 25 de julho de 2011

; no silêncio

        Não se preocupem: eu estou bem. Quando o silêncio toma conta de mim em um nível tão absurdo a ponto de sequer me lembrar de como se coloca sentimentos em palavras... Significa que está tudo bem. Ou a verborréia nervosa e sem sentido seria tão grande, tão ridiculamente grande, grande ao ponto de alguns me mandarem nunca mais abrir a boca – ou o editor de textos –, como vocês mesmos já presenciaram vezes antes.
        O silêncio vem no momento de reflexão e de plenitude singular. Nunca estive assim, desde os tempos de criança, quando não tinha aflição alguma que me fazia querer transbordar de alguma forma. Sem vontade alguma de externar, de um jeito ou de outro, o que eventualmente poderia reprimido aqui dentro. O silêncio me toma quando meu coração está calmo, tão calmo que me faz duvidar que turbulências realmente existam.
        Estou em silêncio. Porque é no silêncio que tudo aquilo que deve ser entendido realmente é – com os olhos, com os sorrisos, nas maiores ou menores atitudes... E hoje elas estão aqui. E acreditem, eu sei – e sinto – o quanto aqui pode ser importante.
         E continuo em silêncio.





desculpinha esfarrapada pra ridícula falta de textos, beijos.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

; mateus 7:1-5

           Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós. E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho?
           Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão.





Tua bíblia, tantas verdades...

segunda-feira, 9 de maio de 2011

; capítulo treze, versículo quatro

        O amor é sofredor. Faz doer e sente suas próprias dores, muitas vezes em voz alta, e outras tantas com gritos silenciosos de lágrimas presas entre olhares. O amor é do bem. Bom, benigno e adjetivos sinônimos. O amor não é invejoso, não é mensurável ou comparável em níveis, não pode ser divido em categorias ou subtítulos.
        O amor não é fútil, não. É leve, é duradouro, é raro e especial. O amor não traz consigo a arrogância, pelo contrário. Ele nos ensina a humildade, nos coloca no devido lugar daquele que não tem nada em mãos além daquilo que sente. Não é soberbo ou orgulhoso.
        O amor não se importa com a indecência e não tem regras. Ele não busca interesses, não se irrita. É inocente, ingênuo, e faz com que tenhamos a estúpida idéia de nos entregarmos sem pensar em momento algum no que pode vir a acontecer pela frente. O amor não folga com a injustiça, mas folga com a verdade.
        O amor é sempre hipérbole: sofre com tudo, acredita em tudo, tem esperança em tudo – e todos, suporta tudo. Não exige. Não tem bula, contra indicações.  O amor nunca falha. Mas havendo profecias, serão aniquiladas. Havendo línguas, serão caladas. Havendo ciência, será subjugada, ignorada... Desaparecerá.
        Porque em parte, realmente conhecemos e entendemos... Mas na ampla e esmagadora maior parte, apenas profetizamos.

Ainda que eu falasse a língua dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que o tine. E ainda que tivesse o dom da profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria. E ainda que distribuísse toda a minha fortuna aos pobres, e ainda que entregasse meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.

       
       
       
Apenas reflita! :)

segunda-feira, 25 de abril de 2011

; fresh start

        É mais ou menos assim: quando todas as portas se fecham, você mete um chute e abre uma delas. Na grosseria mesmo. Como mais poderia ser?

        Às vezes a vida parece estar horrível, estagnada, como se nada mais no mundo fosse fazer sentido... Bem, é só dentro da sua cabeça. Sério mesmo, basta uma mudança de visão, uma virada de rumo, um grito, uns palavrões e um chute na porta... E as coisas começam a voltar pros seus devidos lugares.
        Mais ou menos o que tem acontecido comigo. Cansei de andar em círculos, de terminar sempre sozinha, com a cabeça no travesseiro e sem conseguir dormir, pensando em mil e uma coisas que estavam erradas na minha vida. Descobri, então, que a errada na história era eu, e percebi que era hora de mudar. E tinha que começar por dentro, eliminando os sentimentos e pensamentos ruins, aquele monte de velharias que a gente acaba guardando, afogando dentro de nós.
        Agora estou limpa... Reciclada. Uma nova-velha-eu.

        Por mais que tudo isso soe como livro de auto ajuda.

        E de repente o caminho parece certo de novo. Tudo está se encaixando e olha, não posso reclamar de nada não. Que os bons ventos continuem soprando...

        Amém!

sexta-feira, 8 de abril de 2011

; sei lá!

        Confesso: às vezes tenho medo. Medo do sei lá.


        É uma confusão imensa que borbulha em algum lugar dos confins do meu cérebro – já não muito normal, usualmente – e me deixa com uma sensação bizarra de inquietude. Esse sei lá é como aquela pulga atrás da orelha, algo que gruda na garganta e tende a ser pior que azia de ressaca. Pois é.
        É um tal de sei lá se quero isso, se quero aquilo ou se quero o outro. É um tal de sei lá se prefiro branco ou preto, alto ou baixo, calma ou correria, Beatles ou Rolling Stones... É um tal de sei lá se quero ficar, se quero ir, se quero que vá ou que volte! Um tal de sei lá que não me deixa ir pra lado nenhum, e que ao mesmo tempo me move numa inércia maluca e descontrolada pra no fim das contas eu não fazer idéia de onde vim ou pra onde estou indo.
        Acho que isso é comum nesses tempos de juventude, mas sei lá se passa logo. Tomara que passe, porque é extremamente desconfortável. Às vezes tenho vontade de sair xingando todo mundo, às vezes tenho vontade de ficar quieta e quero que todos me deixem em paz. E chega num ponto em que as coisas ficam chatas de tão indecisas, e nada mais impressiona, e nada mais é novidade... E aí eu canso. E tudo parece apático.
        Cadê as cores, hein?

        Acho que ando blasé demais.
        Será?
        Ah, sei lá!





o negócio de beatles ou rolling stones é puramente estético, todos que me conhecem sabem que eu sou um tanto quanto beatlemaníaca...

e eu sei, é meio tarde pra ter crise "teen" quando já está se passando dos vinte, mas todos dizem que eu tenho cara de pirralha mesmo, então lidem com isso =|

estou voltando a escrever depois de alguns meses escuros, frios e tristes do meu lado criativo mais inoperante que sistema de callcenter, eu sei que os textos estão uma merda, então sintam-se totalmente livres pra jogarem isso na minha cara :)

ah! escrevi um texto bonitinho, fofinho e todo inho pro perfil do meu irmão no Orkut, quem quiser ler clica aqui e depois dá 01 seguida nele no twitter, juro que ele só dá em cima das meninas maiores de quatro anos de idade, gente! :D

01 beijos!

ps: Jones na minha cama agora cantando Don't Know Why, vou dormir com ele então e tals :*
ps2: sim, estou com sono
ps3: neiligo pra vcs
ps4: mentira, ligo sim \hug

TÁ, fui, não precisa mandar gente :/

domingo, 3 de abril de 2011

; quarto escuro

        Luzes apagadas e imaginação a mil.

        No quarto escuro as máscaras caem e o mundo é cru como realmente deveria ser.
        Quando sou eu e só eu, eu e o escuro, os pensamentos ecoam, batem nas paredes e voltam, chocando-se em mim e me chocando de volta.
        Os medos aparecem e se mostram, me deixando com aquela sensação estranha de consciência plena, com o gosto amargo que me segura na insegurança. Os receios pulam pra fora, gritam face à face a mim, me fazendo lembrar de quem realmente sou. No quarto escuro os desejos afloram, os instintos emergem e sufocam.
        Os pensamentos mais absurdos e deturpados vêm de encontro à pureza estúpida que insiste em ser fachada, fechada no semblante por vezes insosso, se confundem e se abraçam numa dança estranha, celebrando a existência plena. As risadas são a melodia, o choro é a poesia... No escuro, sou a verdadeira face de mim.
        E quando as luzes se acendem?
       
        Meus olhos se fecham na opacidade da mentira descarada, escondendo absolutamente tudo – da luxúria ao medo, e todos os outros segredos –, e o sorriso esconde o turbilhão que realmente existe aqui dentro... Dentro de cada um de nós.

sábado, 29 de janeiro de 2011

; a dor e a delícia...

        Nasci sem saber, mas cresci aprendendo. Vesti a curiosidade, temi e superei, gostei, desgostei, caí. Talvez tenha demorado para levantar em alguns momentos. Talvez em outros tenha levantado rápido demais, como quando levantamos da cama de uma vez e terminamos caindo de tontura.
        Vi. Ouvi. Tateei. Senti gostos, gostosuras. Senti o cheiro da chuva e nela me derreti num dia de verão. Aprendi a diferenciar, e aprendi que diferente não é errado, e que o errado nem sempre é diferente.
        Cresci. Talvez não tanto quanto gostariam que eu crescesse, e talvez não tanto quanto deveria ter crescido. Cresci ligeira, pra afastar a dor o quanto antes. E mudei. Porque tudo muda, você muda e o mundo junto, junta. Nas diferenças. E nas semelhanças, também.
        Descobri o interior para trabalhar o exterior. Sorri. Porque nos sorrisos mostramos o que realmente importa. Chorei, porque extravasar é parte importante do aprendizado. E aprendi, nesse meio tempo, que é preciso jogar fora tudo de velho, para que o novo tenha lugar para ficar. Reciclei, mudei o ciclo. 
        E vou em frente, buscando força e bom caminho, me equilibrando entre a dor e a delícia de ser quem eu sou. Fechando buracos e remendando as feridas de um pouco daquilo demais que vivi, me apoiando no pouco do tudo que penso.



texto inspirado no título e no subtítulo do blog da Chris Carolo! :)

domingo, 23 de janeiro de 2011

; ps: eu te amo.

Primeiramente: antes de ler, abra o seu editor ortográfico e observe a tela em branco por alguns segundos. Perceba os detalhes...


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        Pisca.
        Pisca, pisca, pisca.
        Escreve.
        Duas linhas.
        Apaga.
        Uma palavra e meia. Apaga.   
        Um gole de café.
        Pisca, pisca.
        Outro gole.
        Escreve.
        Café.
        Apaga.   
        Pisca.
        Uma palavra.       
        Duas.
        Cinco linhas.
        Parágrafo. Pisca.
        Uma linha.
        Café.
        Mais açúcar, por favor?
        Pisca.
        Parágrafo.
        Pisca.
        Uma palavra. E outra, e outra, e mais uma.
        Apaga.       
        Fechar.
        Deseja salvar alterações?
        Não.

        Novo.
        Pisca.
        Um gole de café. Doce.
        Pisca, pisca.
        Duas letras. Dois pontos.
        Pisca.
        Café.
        Três palavras.
        Ponto.       
        Pisca.

        Copia.
        Cola.       
        Enviar.



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Quem nunca teve dúvida sobre o que falar, atire a primeira pedra! :)