quinta-feira, 29 de julho de 2010

; e se...


But you can take the bluest sky and turn it grey...

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    E se não existissem diferenças?

    E se doce fosse sempre doce, e amargo fosse doce, e salgado fosse doce? E se azul fosse amarelo, verde fosse amarelo, e o amarelo fosse tão amarelo quanto... Amarelo?
    E se o céu fosse sempre de uma cor só? Nada de vermelho-rosa-laranja-azulado no pôr-do-sol, ou aquele vinho-vermelho-esquisito de madrugada? E se as nuvens fossem azuis? Céu azul, nuvens azuis, sol azul!
    E se não existissem gatos, e só cachorros? E se todos os cachorros fossem brancos com manchas pretas? E se todas as manchas pretas fossem ovais e acinzentadas no meio? E se todos os cachorros brancos com manchas pretas acinzentadas fossem ferozes como poodles de madame?
    E se todas as pessoas fossem baixas? Baixas e magras? E se todas essas pessoas fossem baixas, magras, mulheres, que não gostam de doce, prefeririam o céu colorido e odiassem cachorros brancos com manchas pretas acinzentadas?
    E se todos os escritores escrevessem romances? E se todos os roteiristas escrevessem filmes de ação? E se todos os musicais fossem de drama? E se toda comédia só falasse de política? E se toda tragédia fosse sobre Romeu e Julieta?
    E se todas as músicas fossem em SiBemol? E se todas as letras falassem de um cara apaixonado ignorado pela garota amada? E se todas as melodias fossem calmas como baladas românticas? E se guitarras fossem violões, baixos fossem violões, violinos fossem violões e violoncelos fossem violões?
   
   
    O mundo não é todo igual.
    O mundo cria e mostra diversidade a todo momento.

    E se todo ser humano soubesse respeitar as diferenças?

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ps: tirei a foto ontem e sim, sou muito feliz com minha câmera nova *---*

terça-feira, 27 de julho de 2010

; #vipsfacts


Bebidas: R$ 235,00
Comidas: R$ 100,00
Bares e restaurantes: R$ 80,00
Filmes que ninguém assistiu: R$ 15,00

Passar uma semana com os melhores amigos do mundo: não tem preço!




Clichê, eu sei. Mas é a mais pura verdade.

Dividir essa semana com Jade, Nalu, Léo, Luh, Jaum, Luli, Lô e Bel (mesmo que só no finalzinho) foi muito muito foda! Valeu pelas bebedeiras, pelas pérolas, pelos momentos de silêncio e pelas falações intermináveis... Valeu pelos jogos, pelos filmes (que nem vimos direito!), pelas guerras de almofadas (né Dajinha?), pelos jogos de vídeo game (BATE NA POLÍCIA! BATE NA POLÍCIA!), pelos ensaios, pelos momentos no estúdio mais rindo do que tocando, pela tentativa totalmente #fail de gravar Nanana... Enfim! Valeu por tudo, gente. Sério! :)

Me apaixonei ainda mais por essas vadias que o povo chama de Vips, e posso falar? Somos fodas mesmo, não importa o que digam ou o que pensem! E essa semana juntos, no mesmo lugar, sob o mesmo teto, com as mesmas guitarras, piadas internas e momentos retardados provou a todos que não há [ironia] "panelinha filha da puta arrogante que se acha melhor que todo mundo" [/ironia] melhor que a gente. HDASIOHIODSHAIOADSHIHIOADHIIHOADS Pronto, falei.
E um beijo pros fãs!

Naluzinia, Legumes, Puppy, Daje, Luli e John... Caras, amo vocês! (L)




Ps: Vinte e três latas vazias de Smirnoff Ice, uma garrafa vazia de tequila Jose Cuervo Especial, doze garrafas vazias de Heikenen mais as cinco do bar, meio litro de vodka Smirnoff e oito latas de RedBull.
Bandibêbado. Sem mais.
Ps²: São TANTAS pérolas que se eu fosse postar todas o post jamais acabaria! :(

terça-feira, 13 de julho de 2010

; Dona Lígia

    Ela entrou nas nossas vidas em uma terça ou quarta feira de fevereiro, e não me lembro se fazia sol ou chovia, não me lembro o que fiz direito naquele dia ou nenhuma outra coisa do tipo. Mas ela estava lá, e foi marcante. Entrou na sala onde trinta adolescentes faziam uma bagunça daquelas de deixar qualquer um de cabelo em pé, e demorou vários minutos para conseguir seus poucos minutos da nossa atenção.
    Foi assim que Dona Lígia entrou na nossa vida. Uma senhora baixinha, porém forte; expressão calma, e olhos que demonstravam tanta energia quanto qualquer outro de nós. Ela, mais perto dos oitenta que dos sessenta - ou pelo menos aparentava - tinha um brilho no olhar que naquela época eu não compreendia.
     Toda a semana nós passávamos cerca de duas horas com ela. Pouco tempo, mas que mudaria mais em nós do que seríamos capazes de perceber. Era despretensiosa, e muitos de nós nem percebiam o que estava acontecendo. Achavávamos que quando ela mandava que nós fizéssemos círculos pra conversar era simplesmente pra não termos aula e ficar ali gastando tempo. Mas ela passava mais de Filosofia pras nossas mentes do que qualquer outro professor seria capaz.
    Em todas as aulas elas nos pegava com as histórias mais inusitadas. Como seus netos tinham lançado livros antes mesmo de saberem escrever, como havia sido sua graduação em direito, letras, filosofia e todas as outras; como havia aprendido a tocar violão... E envolvia a todos nós. E então pegava a apostila e, como se o material não fizesse o menor sentido, dava uma risada e pedia para que lêssemos algum artigo estranho o qual nenhum de nós entendia mais de duas linhas.
    Nos dias de prova ela fingia ser séria. Não era mais a senhorinha que trazia o violão pra tocar Chico Buarque durante nossas aulas ou que recitava os poemas de Vinícius de Moraes, pelo menos tentava não ser. E quando desconfiava que estávamos fazendo algo errado perguntava se estávamos colando, como uma avó que pergunta aos netos se eles comeram aquele pacote de biscoitos que ela havia deixado sobre a mesa da cozinha.
    Ela ensinou para cada um de nós muito mais que simplesmente o Mito da Caverna de Platão - o qual ela nos obrigou a ler umas oito vezes num período de dois anos. Ela nos ensinou a nos expressar do modo em que nos sentíssemos mais à vontade. Ela nos ensinou um bom tanto de ética e outro tão grande quanto de perseverança.
    O brilho nos olhos dela? Sabedoria. A sabedoria que só alguém perto dos oitenta anos que entra numa sala com trinta adolescentes estúpidos e egoístas poderia ter. Ela estava ali pra ensinar, mesmo sabendo que poucos de nós realmente aprenderiam algo, e menos ainda dariam algum valor. Eu não dei valor. Provavelmente nenhum de nós deu, nenhum de nós enxergou. Mas ontem, pensando nisso, percebi que conheci nessa vida poucas pessoas tão imensamente extraordinárias quanto Dona Lígia.


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Singela homenagem a uma mulher incrível que provavelmente jamais lerá, rs :)
Bateu aquela saudadezinha dos tempos de Ensino Médio ontem, lembrando com o João e as meninas das aulas da Dona Lígia... E me inspirei! Ela foi realmente uma das pessoas mais inteligentes que eu já conheci.

Beijos prazamiga!

sábado, 10 de julho de 2010

; true colours

So don't be afraid to let them show
Your true colors
True colors are beautiful,
Like a rainbow

Me mostre suas verdadeiras cores.
Cansei desse preto e branco covarde atrás do qual você se esconde. Mostre coragem.
Aquarela!
Pinte, rabisque, deixe tudo colorido.
Mesmo que seja o vermelho mais louco, o marrom mais estranho ou o azul mais simples.
Deixe que todos vejam quem você é.
Exponha-se.
Suas emoções, seus sentimentos, seu lado bom e o ruim.
Colecione cores.
Pelo menos no final você terá uma história de verdade pra contar.


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ps: assistindo Glee hoje e tals...

domingo, 4 de julho de 2010

; refletindo...

    Sua visão é limitada. Sua racionalidade, toda impregnada de paradigmas. Não se culpe, você não tem escolha. Regras são ditadas a você todos os dias, modelos impostos, infestando o seu intelecto de forma irreversível. Não adianta lutar contra. Por mais que você se oponha, a barreira entre certo e errado é intransponível, a um nível muito maior do que o da vontade. Mesmo que certo e errado não sejam tão certos e errados assim.
    Pré conceitos são formados o tempo todo, injetados em nossas mentes sem que nos demos conta de tal. É uma questão de cultura. Está encravado nas nossas religiões, nos nossos cotidianos, fincados ali muito antes de que tomássemos a menor consciência. Vem dos reis, das rainhas, dos colonizadores, dos ditadores, dos padres, pastores, dos militares e dos militantes... Vem deles, e vem de cada um de nós, por mais que insistamos em negar esse fato.
     Esse é o problema, a grande dificuldade em lutar contra o preconceito. Todos somos preconceituosos, mas poucos assumimos o fato. E o primeiro passo para combatê-lo, é entendê-lo. Não adianta dizer que você não tem "preconceito a negros", porque negar é uma afirmação tão infantil que Freud provavelmente riria desses seres estúpidos tentando se safar. É o preto de alma branca, e eu aposto o que quiser que um dia você já disse essa frase. Assim como seus pais, seus avós, seus vizinhos e os donos de escravos do século dezoito.
     O preconceito nasce com cada um de nós, em cada um de nós. Se existe forma de nos livrarmos dele? Pode ser. Mas o primeiro passo é assumir que sim, somos preconceituosos. E então começar a batalha. Vencer ou não... Só o tempo dirá.
   


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tivemos uma situação dessas de preconceito ano passado cursando a matéria "ciências sociais" na faculdade. o professor soltou a frase pérola do texto. pois é.

às vezes eu percebo em mim e em muita gente que me rodeia algumas sutilezas que apontam totalmente pro preconceito. e acho muita hipocrisia, numa roda de conversa, todo mundo se defendendo e dizendo não ser preconceituoso. sério gente, negar é ridículo. e mesmo que você acredite não ser preconceituoso, presta atenção que você vai achar alguns momentos em que solta algum comentário do tipo.
é ridículo.

cheguei a conclusão que preciso trabalhar isso em mim. sempre achei que fosse imune a esse tipo de situação, mas a cada dia percebo mais e mais o quanto isso está totalmente "fincado" na sociedade. muito mais do que admitimos :/
mas né... o primeiro passo é a aceitação! vou trabalhar duro nisso daqui pra frente.