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terça-feira, 21 de agosto de 2018

; minha, sua, dela


Sentei no canto da toalha que havíamos esticado, cruzei as pernas e estendi a coluna, inspirando profundamente. Sentia o cheiro forte da essência doce que os meninos usavam ao lado, o cheiro de canela se misturando com o sal da maresia e o cheiro do mar.
A noite estava calma, e o mar também. Uma música qualquer daquelas que não costumo gostar tocava na caixa de som, mas no meu fone de ouvido tocava uma das nossas. Daquelas, nossas.
Meu olhar se perdeu no vai e vem das ondas, e naquela sensação engraçada que deixam as bochechas estranhas, de salpico de água que pega a gente quando nos sentamos por ali.
Me lembrei da gente num lugar como aquele, num dia em que não havia mais ninguém. Eu fiquei na água e você mais distante, o olhar em mim e um sorriso no rosto que eu nunca poderia deixar de retribuir. O tempo estava fechado e ventava muito, mas nenhuma de nós ligava pra isso, ou pra qualquer outra coisa além de nós mesmas.
Meu olhar se perdeu no céu. As estrelas estavam lá, não muitas, mas estavam. Nossas estrelas. Brilhando na imensidão calma que sempre fez a gente divagar. 
E então, subitamente, eu me dei conta de sua presença – pálida, refletindo a imensidão escura e inquieta logo abaixo dela. Estava quase cheia, e não tinha uma nuvem sequer por ali, bem diferente daquele dia longínquo que antes eu me lembrava.
E da mesma forma súbita em que a percebi, percebi também que aquilo, tudo aquilo, nunca mais seria nosso. Era meu, e só meu – e era seu e dela.
O mar era dela, a areia fazendo cócegas nos pés era dela. De vocês.
As músicas na beira do mar eram dela. De vocês.
A praia era dela. De vocês.
A lua era dela. De vocês.
A paz era sua – e dela. De vocês.
E como algum dia eu poderia me sentir em paz ali, de novo?
E as nossas estrelas pareceram absolutamente insignificantes, e não mais nossas, mas só minhas. Minhas, mas sem sentido de ser.
Um soluço escapou, e nunca vou saber se foi meu ou das ondas, que chegaram à mesma conclusão.


(e a sensação de que algo me foi roubado parece que nunca vai passar)

segunda-feira, 25 de julho de 2011

; no silêncio

        Não se preocupem: eu estou bem. Quando o silêncio toma conta de mim em um nível tão absurdo a ponto de sequer me lembrar de como se coloca sentimentos em palavras... Significa que está tudo bem. Ou a verborréia nervosa e sem sentido seria tão grande, tão ridiculamente grande, grande ao ponto de alguns me mandarem nunca mais abrir a boca – ou o editor de textos –, como vocês mesmos já presenciaram vezes antes.
        O silêncio vem no momento de reflexão e de plenitude singular. Nunca estive assim, desde os tempos de criança, quando não tinha aflição alguma que me fazia querer transbordar de alguma forma. Sem vontade alguma de externar, de um jeito ou de outro, o que eventualmente poderia reprimido aqui dentro. O silêncio me toma quando meu coração está calmo, tão calmo que me faz duvidar que turbulências realmente existam.
        Estou em silêncio. Porque é no silêncio que tudo aquilo que deve ser entendido realmente é – com os olhos, com os sorrisos, nas maiores ou menores atitudes... E hoje elas estão aqui. E acreditem, eu sei – e sinto – o quanto aqui pode ser importante.
         E continuo em silêncio.





desculpinha esfarrapada pra ridícula falta de textos, beijos.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

; sei lá!

        Confesso: às vezes tenho medo. Medo do sei lá.


        É uma confusão imensa que borbulha em algum lugar dos confins do meu cérebro – já não muito normal, usualmente – e me deixa com uma sensação bizarra de inquietude. Esse sei lá é como aquela pulga atrás da orelha, algo que gruda na garganta e tende a ser pior que azia de ressaca. Pois é.
        É um tal de sei lá se quero isso, se quero aquilo ou se quero o outro. É um tal de sei lá se prefiro branco ou preto, alto ou baixo, calma ou correria, Beatles ou Rolling Stones... É um tal de sei lá se quero ficar, se quero ir, se quero que vá ou que volte! Um tal de sei lá que não me deixa ir pra lado nenhum, e que ao mesmo tempo me move numa inércia maluca e descontrolada pra no fim das contas eu não fazer idéia de onde vim ou pra onde estou indo.
        Acho que isso é comum nesses tempos de juventude, mas sei lá se passa logo. Tomara que passe, porque é extremamente desconfortável. Às vezes tenho vontade de sair xingando todo mundo, às vezes tenho vontade de ficar quieta e quero que todos me deixem em paz. E chega num ponto em que as coisas ficam chatas de tão indecisas, e nada mais impressiona, e nada mais é novidade... E aí eu canso. E tudo parece apático.
        Cadê as cores, hein?

        Acho que ando blasé demais.
        Será?
        Ah, sei lá!





o negócio de beatles ou rolling stones é puramente estético, todos que me conhecem sabem que eu sou um tanto quanto beatlemaníaca...

e eu sei, é meio tarde pra ter crise "teen" quando já está se passando dos vinte, mas todos dizem que eu tenho cara de pirralha mesmo, então lidem com isso =|

estou voltando a escrever depois de alguns meses escuros, frios e tristes do meu lado criativo mais inoperante que sistema de callcenter, eu sei que os textos estão uma merda, então sintam-se totalmente livres pra jogarem isso na minha cara :)

ah! escrevi um texto bonitinho, fofinho e todo inho pro perfil do meu irmão no Orkut, quem quiser ler clica aqui e depois dá 01 seguida nele no twitter, juro que ele só dá em cima das meninas maiores de quatro anos de idade, gente! :D

01 beijos!

ps: Jones na minha cama agora cantando Don't Know Why, vou dormir com ele então e tals :*
ps2: sim, estou com sono
ps3: neiligo pra vcs
ps4: mentira, ligo sim \hug

TÁ, fui, não precisa mandar gente :/

domingo, 23 de janeiro de 2011

; ps: eu te amo.

Primeiramente: antes de ler, abra o seu editor ortográfico e observe a tela em branco por alguns segundos. Perceba os detalhes...


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        Pisca.
        Pisca, pisca, pisca.
        Escreve.
        Duas linhas.
        Apaga.
        Uma palavra e meia. Apaga.   
        Um gole de café.
        Pisca, pisca.
        Outro gole.
        Escreve.
        Café.
        Apaga.   
        Pisca.
        Uma palavra.       
        Duas.
        Cinco linhas.
        Parágrafo. Pisca.
        Uma linha.
        Café.
        Mais açúcar, por favor?
        Pisca.
        Parágrafo.
        Pisca.
        Uma palavra. E outra, e outra, e mais uma.
        Apaga.       
        Fechar.
        Deseja salvar alterações?
        Não.

        Novo.
        Pisca.
        Um gole de café. Doce.
        Pisca, pisca.
        Duas letras. Dois pontos.
        Pisca.
        Café.
        Três palavras.
        Ponto.       
        Pisca.

        Copia.
        Cola.       
        Enviar.



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Quem nunca teve dúvida sobre o que falar, atire a primeira pedra! :)

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

; hitten

        Quantas vezes as pessoas têm o poder de nos atingir?
        Tantas quantas formos idiotas o suficiente para deixarmos com que elas o façam.

        Não importa o número de barreiras que criamos, não importa as camadas que nós tecemos ao redor dos sentimentos, não importa as linhas que criamos no imaginário para separar cada pequena parte de nós e do que sentimos dentro da mente e do coração... Sempre há um caminho.
        O problema é que mesmo que criemos um bilhão de medidas mentais e sentimentais, acabamos deixando com que as pessoas as derrubem uma por uma e nos alcancem onde somos mais vulneráveis. E então lá estamos, tolos como só os que amam podem ser, esperando de alguém o máximo que sabemos que não podem nos dar.
        E quando vem a decepção e tudo parece ruir sob os nossos pés... Bem, a culpa no fim é nossa mesmo. Porque as barreiras não foram o suficiente. Porque não cuidamos tanto quanto deveríamos.
        Porque soubemos desde o início que sempre tem um pé de ferro para pisar num coração mole...

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

; duas palavras

        Vim pra dizer apenas duas palavras. Talvez eu tenha demorado demais, mas meus pés precisavam passar por toda a estrada antes de chegar aqui, sem atalhos. Meu coração precisava de um tempo para voltar ao seu lugar, e agora ele não está mais ferido.
        Quero dizer, antes das duas palavras, que não sei bem o que tem acontecido dentro da minha cabeça. Em algum lugar no meio da confusão de músicas e medos, de palavras e sentimentos, eu me perdi um dia. E demorei pra reencontrar o caminho certo. Mas agora tenho certeza de que andei o suficiente por ele, passei por obstáculos o suficiente para reconhecer as duas palavras que meu coração sussurra dia após dia.
        Quero te dizer apenas duas palavras no ouvido, ou talvez cantá-las, sob uma melodia qualquer que passar pela cabeça no momento. Está decidido. E mesmo que eu não entenda o que se passa com você ou comigo, eu só queria dizer...   
        Duas palavras: te amo.
        E estou certa de que o único erro nisso é o sintático.


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ps: beijos pra quem entender a última frase!

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

; spark

        É natal. E na troca de presentes você ganha aquela jóia que queria ganhar desde quando não tinha idéia do quão caro ela poderia custar. Mas seus pais te deram... E agora? Agora você a coloca dentro daquela caixinha de veludo e guarda dentro daquela gaveta que tem certeza que ninguém irá mexer. E quando for usar – somente nas ocasiões mais especiais, é claro – você toma todo o cuidado do mundo para que não arranhe, suje; você triplica seus cuidados para que não haja o risco de perdê-la. Você preserva.
        Férias. Você viaja com algumas pessoas para algum lugar paradisíaco a sua escolha – imagine como quiser. Pode ser alguma praia australiana. Ou Caribe. Ou Fernando de Noronha. Você encontra por lá as árvores mais bonitas, a areia mais branca e fina, os corais mais lindos que poderia imaginar. Os animais rodeiam tudo, o lugar respira vida, exala vida. E então, enquanto você está lá, um acidente horrível acontece. Derramamento de óleo, por exemplo. E as praias ficam imediatamente imundas. As árvores ficam escuras, a areia não serve mais para os passeios de fim de tarde. E os animais morrem. Na sua frente. E você se sente impotente, inútil, exasperado. Esse é o seu instinto de preservação, sendo totalmente bombardeado e jogado pra baixo. Ou pra cima. Tanto faz.
        E a Torre Eiffel se parte ao meio. O Cristo Redentor perde um dos braços. A Estátua da Liberdade perde a cabeça. As Torres Gêmeas são derrubadas por um ataque terrorista. Crianças morrem de fome na África, adultos morrem de AIDS no mundo inteiro... E você quer preservar aquelas vidas, mas não pode. Está longe demais, inacessível demais, você é pequeno demais...
        Você tem uma foto dos seus pais que se foram. Ou dos melhores amigos que moram longe. Ou da irmã que mora em outro país. Daquela banda preferida que morreu num acidente de avião quinze anos atrás, talvez. E você mantém a foto ao lado da sua cama, dia após dia. Antes de dormir você olha pra ela. E olha quando acorda, também. Você deixaria essa foto em qualquer lugar? Correndo risco de ser molhada, ou talvez queimada? Correndo o risco de que alguma criança a tome e rabisque os rostos das pessoas que você ama? Você deixaria qualquer pessoa escrever no verso dessa foto? Talvez ainda houvesse aquela dedicatória especial lá atrás. Não. Você não deixa. Você preserva. Você cuida.

        Então você está naquela fase pós adolescência, ou então no começo da sua juventude. Ou, talvez, você já esteja na meia idade. Ou que seja mais velho, então. E você está de cara com a pessoa que você mais ama. Você sabe que sem aquela pessoa você não seria ninguém, sem essa pessoa o seu mundo não faria sentido. Ela é uma raridade. Talvez mais que a jóia que você possa ter ganho de natal. Talvez mais do que aquela praia no Caribe que você visitou nas férias. Talvez seja uma raridade imensamente maior que o Cristo Redentor, ou que as Torres Gêmeas. Ela é mais singular e mais rara pra você do que a fotografia que você guarda com a maior estima. Como você a trata? Você diz que a ama todos os dias? Você a lembra do quão importante ela é na sua vida? Você faz aquele café na cama com as coisas que ela mais gosta de comer? Você a acorda com um beijo de bom dia? Você se esforça, dura e exaustivamente, para que o dia dela seja tão bom quanto poderia ser – mesmo quando tudo dá errado?
        A vida é uma faísca. E antes que percebamos, ela pode apagar.
       
        E então, o que você tem feito para preservar sua raridade?
        Porque se ela for verdadeiramente a sua raridade, acredite: ela é o que fez, faz, e continuará fazendo tudo valer a pena.
        Apenas reflita.


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A inspiração pro post veio de um comercial de MOTEL que tá passando na tv. SEM MAIS! :P
Desculpem por ser tão grande, mas até que gostei viu? Percebi muitas coisas escrevendo, sobre mim e tals... Gostei especial e particularmente de fazer esse. :)
Enfim... Beijos e obrigada pela visita! ;)

domingo, 21 de novembro de 2010

; fireplace

        O fogo na lareira crepitava animado, e o estalar da lenha soava como uma melodia rústica, algo primitivo. Misturava-se com o som não muito alto da música calma no ambiente, o violão dedilhado num ritmo gostoso e a voz em tons medianos proferindo palavras doces. As palavras doces se misturavam com o doce do vinho suave que jazia no fundo da garrafa quase vazia, assim como nas manchas das taças esgotadas onde a bebida há pouco estivera.
        O tapete felpudo, tão branco quanto a neve que costumava cair lá fora naquela época do ano, nos acolhia durante aquela noite calma. Era quase uma rotina – a lareira, a música, o vinho e nós dois. Pernas entrelaçadas enquanto um sentava-se de frente para o outro. Vez ou outra os pés se balançavam no ritmo da música, outras vezes apenas roçavam-se, como que para ter certeza que o outro ainda estava ali – e sempre estávamos.
        Nossas vozes saíam baixas, apenas o suficiente acima do sussurro para que o outro pudesse ouvir. Na maioria das vezes, para ser sincera, quem ouvia era você. Eu e a minha irritante mania de tagarelar sobre as coisas mais pueris: sobre o tempo, sobre os acasos, sobre os desencontros. Você e a sua infinita paciência em ouvi-las. E quando sua voz grave se atrevia a tomar o lugar da minha por vezes melodiosa, por outras esganiçada, vinha carregada daquela ternura que transbordava a cada palavra. Ela vinha trazendo consigo sempre, no fim de cada noite, as rimas mais belas.
        E quando a embriaguez começava a tomar posse da racionalidade, ambos sabíamos que era o momento de silenciar. O silêncio é sempre sábio... E para nós, dizia mais que uma enxurrada de palavras. E não precisávamos sequer dos olhos para nos comunicar – eu apenas me deitava sobre suas pernas, e o toque sutil no meu cabelo dizia mais do que você sequer chegou a imaginar um dia. E a única coisa que eu desejava era que minha respiração calma e minhas risadas leves te respondessem a altura. O sono me vinha fácil, e os sonhos eram sempre serenos.
        Naqueles dias que passávamos juntos, sozinhos na casa de inverno, nada mais existia. Eu tinha isso como certo para mim, e sabia que você mantinha o mesmo pensamento. Ali na nossa pequena redoma, no nosso refúgio, éramos apenas os dois. Sem títulos. Sem nomes. Éramos só o verbo do amor exclamado. Só aquela platonicidade aterradora, e o calor no peito – talvez vindo da lareira, mas muito provavelmente não –, que fazia-nos afogar a cada noite que passava.


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Apenas divagando no universo da pré-adolescência por alguns instantes...

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

; montanha russa

Sobre emoções, sentimentos e estados...


Abalo e abatimento. Aceitação. Estruturação. Afirmação e adaptação, levando ao engrandecimento. Apoio que dá força. Atenção. Coragem.
Agitação, inquietação e angústia. Confusão, ansiedade e apreensão. Afeição. Afetividade. E o interesse... A atração e a expectativa.
Ternura. Leveza. Carinho, suavidade e fascínio. Companheirismo. Alegria e ânimo. Tanta beleza...
Que se quebra em conflito. Causado pela dependência, pelo desgaste e pelo desgosto. E que causa depressão e desespero. Dúvida. Chateação. Insegurança. Estresse.
Desorientação, distanciamento e tristeza.
Medo e agonia.
Dor.

E aí vem a solidão... O arrependimento e a vulnerabilidade. Culpa.
Mas tudo bem. Aparecem a calma e a compreensão. A decisão e a obstinação. E então o perdão.
O perdão que traz consigo o equilíbrio e a estabilidade. Que trazem a felicidade, acompanhada da fidelidade, da perseverança e da segurança. Sossego. Tranquilidade. Serenidade.

E aparece a intimidade, com a sensualidade.
E o sorrateiro desejo. A luxúria. A vontade.
O ardor, a euforia, a loucura, a urgência, a volúpia, a explosão, o êxtase...
Prazer e paixão.
Exaustão.

Harmonia e cumplicidade. Confiança.
Ausência, carência, ciúme e saudade? Paciência. E convicção, determinação.

Inocência. Sonho.
Fé.
Amor.




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Por incrível que pareça, apesar de ser um monte de palavras jogadas no "papel", esse texto foi um dos mais difíceis que já escrevi. E bom, se alguém achar algum sentido... Afortunado seja! :)
Beijos!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

; restos de novembro

        Leve os beijos ternos e os agitados. Leve os segundos do meu relógio e leve meu coração que bate forte e descompassado. Leve o calor do teu corpo e o cheiro da tua pele. Leve tuas canções, leve o teu nome pra longe da minha voz, e deixe o silêncio aqui... E cada história que me fala de ti.
        Às vezes não tenho onde ir. E esse amor fugaz me perturba, às vezes acalma, às vezes acalanta e às vezes fere... Leve os meus e teus sonhos, e leve o universo que fica pequeno longe de ti. Me deixe desorientada... Leve o sul e o sol.
        Leve essa verdade absurda, essa verdade absoluta, a nossa verdade que às vezes me sufoca, que faz sentir-me pequenininha. Leve as risadas e os sussurros, leve os abraços, leve os momentos e meus pensamentos.
        Leve os restos de novembro contigo. Leve tudo, tudo... Só pra depois trazer de volta. Só pra depois voltar.
        Leve... E tão leve.


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Adoro jogos de palavras! Ai que loucura!
Beijos! :)

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

; where soul meets body

        O sol chega, aquece, me envolve e me abraça – como você. Banha minha pele como água limpa e limpa as sensações ruins. Medos e mediocridades são lavados e levados, para não voltar mais. Renova... Inova.
        Minha cabeça é como uma estação, e os pensamentos vêm e vão, livremente, para os destinos próximos e para os distantes, predestinados. Transformo-os em palavras, cores e sabores, só pra ter o gostinho bom de lê-los, de entende-los, de senti-los e de repensá-los.
        E quando o silêncio chega, desejo que ele me leve, e que leve você também... Então eu te seguro perto de mim, porque você é a única canção que eu ainda quero ouvir. A suave melodia com tons de castanho que me leva, e eleva a minha atmosfera pro lugar onde a alma encontra o corpo.



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Agora é oficial: não consigo me acostumar com a nova gramática! :(

ps: Pra ouvir mais uma música do Death Cab For Cutie (que deu nome e a idéia pro post), clique aqui.

Beijos! ;)

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

; besame

        Prematura e lascivamente. Em silêncio, sem piedade e sem pedido... Pare o tempo, faça crescer o que sinto. Como se nada mais importasse, como se o mundo estivesse prestes a desmoronar a qualquer momento, um a um, coloque o céu de ponta cabeça...
        Sem razão. Apenas porque o coração está pedindo. Enquanto eu, lentamente, morro e volto a viver, vivo e volto a morrer, e até que nada mais faça sentido. Com afeto, ardor, fervor, amor... Com sentimento e sentido.
        Com motivo ou sem motivo... Estarei sempre contigo.
        Apenas me beije.


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Não resisto mais...
Ao som de Besame - Camila.

Beijo prazamiga! :)

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

; é grave?

        Euforia. Uns impulsos, sabe? Vontade de sair correndo e gritando. O sorriso bobo que eu nunca consigo tirar do rosto. Por vezes, pareço embriagada. Sinto meu rosto ficando quente, algumas vezes o corpo todo – mas não é febre. Às vezes dói, às vezes é analgésico. E essa ansiedade? Os dias não passam. Os minutos se arrastam. Mas também tem uma calma... Faz sentido?
        Não consigo dormir. Tenho dificuldades em me concentrar, parece que minha mente simplesmente não me obedece. Pensamentos vêm e vão o dia todo, o tempo todo. Tremo. Fico totalmente desastrada, mais que o normal. Os joelhos enfraquecem e a cabeça fica leve. Sinto frio na barriga. E parece que há uma revoada de borboletas no estômago – todas elas querendo sair de uma vez só!
        Minhas mãos ficam suadas. Na verdade, acho que meu corpo todo sua frio. Os músculos não respondem. E tem os arrepios, também. A respiração fica toda irregular. Então tem aquelas explosões de energia, o coração dispara, parece que vai sair pela boca!
        Sei que os sintomas descritos são facilmente explicáveis por doenças como arritmia, mal de Parkinson, Alzheimer, esclerose múltipla, transtorno obsessivo-compulsivo ou esquizofrenia. Mas tudo junto e misturado? Ah, doutor... Deve ser grave. Deve ser.


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Me rendendo ao eu-romântico! Ou quase isso.

ps: agradecimentos à @ellegumz, a @renata_fonceca, ao @johnbubbles e a Lanna, pela ajuda com os sintomas! :D

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

; sick of it

        Ah, eu amo você!
        Amo tanto que não seria capaz de viver sem você. Amo tanto que sem você meu mundo morreria, a vida perderia o sentido. Amo você que, sem você, eu não poderia ver as cores! Eu não conseguiria achar graça em nada, eu não conseguiria respirar, SEM VOCÊ EU NÃO VIVO!
        Sem você eu não posso continuar. Sem você... Eu não vou. Porque sim, só vou se for com você! Sem você eu não posso ir, eu não conseguiria! Sem você não posso andar, não posso fazer meu próprio caminho, SEM VOCÊ EU NÃO POSSO EXISTIR!
        Sem você eu não vou a lugar algum. Eu não terei futuro, se você não estiver comigo! Ai, pensar em ficar sem você me deixa nervosa! Imagina, nem quero pensar nisso! Sem você eu não consigo nem pensar em respirar, viver, essas coisas bobas, sabe? Sem você eu jamais poderia ser feliz. Porque você é tudo o que importa! SEM VOCÊ EU NÃO POSSO SEGUIR EM FRENTE!
        Você é meu céu, meu sol, meu infinito. Você é tudo pra mim! Sem você eu entraria em depressão. Não conseguiria me imaginar sem você, sem você eu ficaria infeliz até não poder mais aguentar, SEM VOCÊ EU MORRERIA!


        Agora fala sério, eu sou a única que acha isso meio insano?
        Depender de outra pessoa pra ser feliz? Pra seguir em frente? Pra traçar os seus próprios caminhos? Não é nem questão de ser independente, ou de acabar pressionando (eu pessoalmente odeio ser pressionada). Só acho tudo isso doentio. Eu simplesmente não consigo entender o conceito de precisar de outra pessoa pra ter a minha própria vida.
        É demais pra mim. Demais.



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Às vezes algumas coisas soam assim pra mim.
E putz... Ciúme, necessidade ou o que quer que seja tem que ter limites, né?
Sou a favor de cada um no seu quadrado! :)
Paixão e amor são totalmente diferentes de dependência.
Pronto, falei.


Repense alguns conceitos! ;)
Beixos!

domingo, 12 de setembro de 2010

; mixed up

        Como as coisas entram em colisão? Difícil dizer. Simplesmente acontece. Elas estão ali, cada uma em sua própria órbita, até que uma confusão enorme seja criada do nada, envolvendo a todas, fazendo tudo virar, embolar, enrolar.
        E quando vejo, estou de volta à sua porta. Simplesmente não posso evitar. Nós andamos cada um pra um lado, mas quando percebemos estamos ali... Mais perto... Venha falar comigo! Mesmo que eu precise me controlar, mesmo que eu não saiba de nada – não olhe para trás com raiva. Aconteceu. Passou. Vai mudar. Mudaremos.
        São esses tchaus de todos os dias... Essas pessoas de todos os dias... Caindo pela primeira vez. De amores. De desamores. De reamores. E por aí vai. Sentimentos acelerando e desacelerando...
        Tente entender! Todos estamos enfrentando coisas parecidas, o tempo inteiro, e muitos de nós conseguem chegar lá. Mesmo os mais covardes, ou as crianças do passado, do futuro... Voltando pra minha vida, me dando um pouco mais... Boas em ir. Se foram. Voltarão?

        Boa noite, boa noite! O estado é grave. Feliz natal, a guerra acabou! Mas ainda assim, é difícil respirar... Escute-os falando: olá! Aguente! Se eu não conseguisse, se eu sentisse... Se eu simplesmente sentisse. E se eu nunca te ver de novo? Se simplesmente você soubesse...
        Paixão! É você. Você... Última chance, só preciso de um pouco do seu tempo! Estou perdendo a cabeça, mas amando esse tempinho... Me faz desejar.
        Sinto sua falta, te amo. Eu sei que deveria sair, mas você é como tudo pra mim... Minha imensidão... Meu oceano! Azul. Sempre azul.
        Não estou indo para casa, também não estou caindo aos pedaços – não mais. Sei que nada dura para sempre, mas se usarmos a imaginação... A pura imaginação...
        Vamos fugir! E então te contarei um segredo. E com esse jeito simples de amar, com esses arrepios, calafrios... Escreveremos uma história. Reescreveremos. Em uma manhã de domingo, pegue o que você quiser, nesse emaranhado que pode não ser o suficiente, como uma cidade pequena, como um nevoeiro, uma confusão... Mas vai dar certo. Vai servir.
        E eu sei que o sol vai aparecer, e eu, do jeito que era, do jeito que serei, te mostrarei esse amor.
        Sem as despedidas mais doces.
        Sem mais.


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ps: meio que uma brainstorm no meio da madrugada.
ps2: confusão? AH VÁ!
ps3: quem descobrir a lógica/segredo do texto, ganha... sei lá, pensarei num prêmio, mas ganha! :P
fica o desafio!

beijos! ;)

quinta-feira, 24 de junho de 2010

; constatação

Porque o ser humano ama. Mesmo que não saiba definir bem esse negócio complicado que se diz amor, a habilidade de amar nos foi dada. Tudo bem, nem todos usamos. Nem todos sabemos como usar. Mas ela está ali, presente e apresentando-se vez ou outra. Algumas vezes certo, outras vezes errado, outras não se sabe bem. 

Porque o ser humano ama. E muitas vezes desafia essa capacidade tão explícita, tão gritante e tão latente. Muitas vezes ele a ignora, sem perceber o quão miserável se torna. Porque não amar é mais fácil, é claro. 

Porque o ser humano ama. E o amor não faz sentido, não pode ser definido. Ele simplesmente acontece, fica, e então se vai. E volta, de novo e de novo. Ele simplesmente ama. O amor. Ao amor. Bravissimo!

Porque o ser humano ama, então eu amo. Você.

sábado, 19 de junho de 2010

; la tua cantante

Tudo começa com os olhos. Eles se encontram, se magnetizam. Não conseguem se largar nem por um segundo. Dizem mais do que deveriam. As pupilas se dilatam, e é como se tudo em volta tomasse outras cores. Mais amarelo, mais azul, mais verde e muito, muito mais vermelho. Como imãs, permanecem grudados. Permanecem conectados. Como se a simples menção à desconexão lhes causasse uma dor que jamais poderiam aguentar.
O som da voz vem como uma canção. E você poderia ficar o dia todo ali, escutando, repassando mentalmente. O jeito como se move te encanta, é incrível. Como se ali, na sua frente, estivesse o ser mais perfeito que já tocou a Terra algum dia.
A próxima reação vem com o cheiro. É inevitável, nessas horas os instintos falam mais alto. O aroma te invade, toma conta de cada canto do seu ser, domina toda a sua racionalidade. E ela se esvai... Lentamente, deixando seus últimos momentos de uma consciência conturbada ali, entorpecidos. É doce, é forte, te toma de uma maneira incomum. Te expõe. Esses somos nós, os seres humanos. Animais. Racionais ou não - e nesse momento, mais pra não. Ainda assim, animais.
Você quer. Você deseja. É o que o seu corpo diz. As borboletas disparam no estômago, suas mãos suam e as pernas tremem. Sua capacidade de formar frases coerentes está reduzida a zero e é aí que você sabe que tudo está perdido. Esse é seu último pensamento coerente.
A proximidade traz o tato... O tato! É formidável. Pele com pele, corpo com corpo. A química age e reage dentro de você, seu cérebro manda recados desesperados para o corpo todo. Mais hormônios, mais batimentos, e mais hormônios, e mais batimentos! Respiração descompassada. Temperatura aumentando, pressão arterial subindo... E você ali, tentando desafiar as leis da física. Dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar do espaço? Bobeira!
Você se perde, em si mesmo e no outro, aqui e ali, tudo junto e misturado.

Ah, esses apaixonados...

terça-feira, 4 de maio de 2010

; pensadores

Porque há o direito ao grito.
Então eu grito.

Clarice Lispector


Ah!
Não me diga que concorda comigo!
Quando as pessoas concordam comigo, tenho sempre a impressão de que estou errado.

Oscar Wilde




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Um beijo!

domingo, 2 de maio de 2010

; aos meus amigos

amigo
sm
1 Indivíduo unido a outro por amizade; pessoa que quer bem a outra. 2 Colega, companheiro. 3 Defensor, protetor. 4 Aliado.


Amigo é aquele com o qual, pra tudo, você pode contar.

É aquele que você conhece e logo de cara bate aquela simpatia instantânea. Ou é aquele que você não vai com a cara de primeira, mas que aos poucos te conquista de uma forma irremediável.

Amigo é aquele com quem você divide os melhores momentos.
As aulas engraçadas, as piadas de professores, os trabalhos escolares. A sorveteria depois da aula, o almoço no McDonalds.
A cola na prova difícil, a cola na prova fácil...
É aquele com quem você vai ao cinema, pegam carona pra voltar até metade do caminho, e depois toma chuva com você no ponto de ônibus até a hora do bendito passar. É o que assiste as estreias dos seus filmes preferidos com você, mesmo que seja o que ele menos gosta. É aquele que fica até a meia noite na fila do cinema, que passa seis horas com você naquela fila do show im-per-dí-vel!
É o que gosta de sertanejo e te acompanha no show de rock, o que gosta de balada e vai com você no pagode (mesmo que fique de mal humor o dia inteiro por causa disso!).
É o que te conta as melhores piadas; e o que houve aquelas piadas que você mal consegue contar, de tanta risada que dá só de pensar no final. É o que mostra as melhores músicas, as melhores bandas, o que te empresta aquele CD mesmo sabendo que dificilmente você irá devolvê-lo um dia. É aquele que, de tanto te ouvir cantar a mesma música, acaba viciado com você naquela sua nova banda preferida.
É aquele com quem você vira a noite assistindo aquela série de filmes, aquele que vai dormir na sua casa só pra vocês passarem a madrugada jogando conversa fora, aquele com quem você fica o domingo inteiro jogando video-game, a madrugada inteira jogando RPG, que assiste shows com você e faz dancinhas do Michael Jackson no meio da sua sala!
É o que faz as maiores loucuras com você; aquele que tira as fotos dos momentos mais retardados, o que te acompanha naqueles shows das bandas mais desconhecidas; o que bebe com você até que vocês nem sintam mais as pontas dos narizes. É o que te leva na balada, te embebeda e depois aguenta sua conversa de bêbado. É aquele que faz a brincadeira que no fim dá errado, mas do mesmo jeito vocês riem; o que critica sua banda e ator preferidos só pra te irritar.
É aquele que desenha pra você, canta pra você, escreve pra você. Aquele com quem você tem as melhores piadas internas do mundo!
É aquele que te dá livros de presente, que gosta das mesmas histórias que você, que te ajuda a desenvolver seus contos, seus sonhos.

Amigo é aquele que te ouve reclamar do clima, do cansaço, da faculdade, do novo amor descoberto e do coração partido. É aquele que te aguenta mesmo tendo a personalidade totalmente oposta a sua. O que tenta entender todas as suas inconstâncias, ataques e medos.
 É aquele que te abraça quando você acha que ninguém mais quer fazê-lo, é aquele que te diz "eu já sabia!" e você tem vontade de socar a cara. É aquele que sempre te avisa que aquilo vai dar errado, mesmo sabendo que você não vai ouvir; e é aquele que seca as suas lágrimas quando você quebra a cara.
Amigo é aquele que aceita as suas escolhas, mesmo sabendo o quanto elas podem ser difíceis pra você. E é aquele que vai te dar suporte pra passar por todas as provações que vierem dali pra frente. É aquele pro qual você sempre corre quando precisa de alguém, aquele que sempre tem uma frase na manga pra um momento complicado.

Amigo é aquele com quem você divide os piores momentos.
É aquele que te dá bronca, que aponta os seus erros e diz na cara o que pensa. É aquele que não mede as palavras, que é sincero e que tenta te fazer enxergar cada besteira que você possa estar pra fazer. É o que não concorda com suas atitudes e bate o pé até o fim. O que tenta de impedir de fazer as besteiras; e que te fala as verdades por mais que elas doam.
É aquele com quem você briga e, mesmo que demore, um dia volta a falar. Porque a amizade pode ter vários altos e baixos, mas sempre vai estar ali, quietinha, esperando para ser reatada.

Amigo é aquele que você tem na mais alta estima, aquele que você espera ter para sempre. É o que te deixa mal por saber que ele está mal; o que você quer proteger sempre, de tudo o que possa dar errado, de todas as doenças estranhas que aparecerem pelo caminho.
É aquele que você quer colocar num potinho e guardar pra sempre, o que você ama independente do resto. É aquele pra quem você diz, SIM, eu te amo.
É aquele que você respeita, acima de tudo, e aquele que você leva aonde for, seja fisicamente, ou na alma, ou no coração.

Aos meus amigos, todo o meu respeito, amor e admiração.
Porque uma dúzia de vocês (e vocês sabem quem são!) me vale todos os seiscentos "colegas" com adagas na mão! :)

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ps: tpm, te venci!

quinta-feira, 22 de abril de 2010

; das utopias

Se as coisas são inatingíveis... ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
A presença distante das estrelas!

Mário Quintana