Sento-me na mesa, não deixando que o tampo de carvalho escuro atemorize-me. Apalpo as folhas esbranquiçadas, apreciando a textura de cada uma. Desaferrolho o tinteiro e submerjo a ponta da pena, deixando-na ali, engolfando, por alguns segundos. As primeiras letras trilhadas no papel contêm aquele quê de tinta em demasia, uma destemperança causada não só pelo tempo descomedido que a pena havia passado embebida na tinta, mas também pela sofreguidão em minhas mãos, ávidas em correr o papel.
Os ditos se agrupam: verbos, vocativos, substantivos, advérbios, adjuntos, todos formando as orações. Não há muito senso nos rabiscos, todavia presumo que ninguém haverá de se importar. Para que há de prestar uma idéia quando se tem ênclises? Mesóclises? Usá-las-hei, todas. Coloca-las-hei entre esses escritos, porque tenho ciência de que ninguém há de se importar. De que vale uma idéia, quando o resultado é tão rebuscado?
Continuarei, então, compondo estapafúrdios desprovidos de qualquer ideal. Apenas desejo comprovar, reafirmar, o que quero que todos suponham sobre o que sou: tenho intelecto. Rebusco. Esmero. Requinto. E mesmo que não haja escopo algum, impressiona. Quiçá comove! E assim levo, e não cessarei tão cedo, pois penso que tornar-me-hei mais versado a cada nova composição...
Ledo engano.
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Há um quê de ironia, pois sim.
Espero que ninguém tenha dormido na metade do texto, porque cara... Eu dormiria!
Os ditos se agrupam: verbos, vocativos, substantivos, advérbios, adjuntos, todos formando as orações. Não há muito senso nos rabiscos, todavia presumo que ninguém haverá de se importar. Para que há de prestar uma idéia quando se tem ênclises? Mesóclises? Usá-las-hei, todas. Coloca-las-hei entre esses escritos, porque tenho ciência de que ninguém há de se importar. De que vale uma idéia, quando o resultado é tão rebuscado?
Continuarei, então, compondo estapafúrdios desprovidos de qualquer ideal. Apenas desejo comprovar, reafirmar, o que quero que todos suponham sobre o que sou: tenho intelecto. Rebusco. Esmero. Requinto. E mesmo que não haja escopo algum, impressiona. Quiçá comove! E assim levo, e não cessarei tão cedo, pois penso que tornar-me-hei mais versado a cada nova composição...
Ledo engano.
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Há um quê de ironia, pois sim.
Espero que ninguém tenha dormido na metade do texto, porque cara... Eu dormiria!
Beijos.
Sento-me na mesa, não deixando que o tampo de carvalho escuro me deixe atemorizar. Apalpo as folhas esbranquiçadas, apreciando a textzzZZZZZzzzz
ResponderExcluirfato!
"... o tRampo de carMalho escuro ..." Fez despertar a minha até então adormecida dislexia além de tudo.
ResponderExcluirNão dormi, mas tu perdeu 70% da minha atenção quando imaginei um caneco de chopp, servido nesta mesa de carvalho escuro, em alguma taverna mundo afora. :D
ResponderExcluirMas enfim, ainda assim achei muito melhor que os... antigos.
:*
léo, vc me deve um morango pq
ResponderExcluirdiferente né... O_o ushuahushaushuahs
ResponderExcluirRetratou bem aquela parte do livro q eu costumo pular e q nao costuma fazer diferença nenhuma :B ehuashuasheuaeshuasehuhaesuahseueahua
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