sábado, 2 de outubro de 2010

; entrada para raros

        No inicio era o verbo, e o verbo era Deus. E o verbo estava com Deus, e já não eram sós, ambos conjugavam-se entre si. Discutiam quem seria a primeira e a segunda pessoa, quem era verbo, quem era Deus. A ação e a interpretação, quem era a parte e quem era o todo. Deus (o pai, o filho e o espírito santo) era também o verbo (regular e irregular), e todos questionavam-se sobre quem seria o sujeito e quem seria o predicado, quem se conjugaria no pretérito e quem renunciaria. A forma "mais que perfeita"!
        Deus era o verbo e o verbo era Deus, conjugavam-se de maneira irregular explicitando suas diferenças, reconhecendo os fragmentos e os complementos. Buscavam a medida certa e assim... Reconheceram-se uno. Eu Deus, tu Deus, ele Deus, nós Deus, vós Deus... Eles Deus.
        Somos dotados deste curioso poder, mudamos nosso significado, nosso signo, nosso comportamento e nossos conceitos (que por sua vez chegam ate nós depois de se modificarem muitas e outras vezes!). Temos uma ferramenta e tanto nas mãos, e nos pés. Temos acorrentados nossos motivos de sobra pra relaxarmos e acomodarmos com a vida que levamos agora.
        O teatro mágico é o teatro do nosso interior, a história que contamos todos os dias e ainda não nos demos conta. As escolhas que fazemos em busca dos melhores atos, dos melhores sabores, das melhores melodias e dos melhores personagens. Que nos compõem, as peças que encenamos e aquelas que nos encerram. Nosso roteiro imaginário é a maneira improvisada de viver a vida, de sobreviver o dia, de ressaltar os tombos e relançar as idéias.
        O teatro nosso de cada dia.


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Não entendo como tem gente que não gosta de Teatro Mágico!
É poesia em forma de música, e música em forma de sentimento. Acho lindo! :)
E não é à toa que a Daje escolheu essa música pra ser título do blog dela, né? Simplesmente FODA!

Sem idéias melhores pra post, então vai a música mesmo.
Beijos, e não esqueçam de votar consciente amanhã! :D

2 comentários:

  1. Não entendo como tem gente que não gosta de Teatro Mágico! [2]

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  2. 'As escolhas que fazemos em busca dos melhores atos, dos melhores sabores, das melhores melodias e dos melhores personagens. Que nos compõem, as peças que encenamos e aquelas que nos encerram. Nosso roteiro imaginário é a maneira improvisada de viver a vida, de sobreviver o dia, de ressaltar os tombos e relançar as idéias.' <3

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