Ao melhor dos melhores,
No início não te dei muita atenção. Na verdade, sendo muito sincera, você não me chamou a mínima atenção. Entre tantos outros com os ares que eu preferia - agitados, falantes e animados -, você era extremamente o oposto. E pensei que não fossemos nos aproximar, nunca. Você não falava. Seu jeito quieto, calado e tímido, de caramujo escondido em sua casca-casa, contrastava totalmente com minha personalidade irritantemente comunicativa, falante. E por um bom tempo pensei que nunca fossemos ser nada além que colegas, dividindo o mesmo espaço.
Mas as reviravoltas dessa vida são incríveis, não são? E então aos poucos você se iluminou. E me iluminou também, com sua tímida luz azul-brilhante. Descobrimos as paixões que dividíamos e então nos redescobrimos. A atração imensa pela literatura e pela fantasia... O senso criativo que transbordava nossos seres a todo o momento, gritando a qualquer um que entre lápis, papel e borracha havia duas mentes que gostavam muito de passar os dias viajando entre as nuvens, apesar dos pés se manterem firmes no chão. E você se redesenhou e me desenhou... E eu reescrevi tudo sobre o que éramos, e sobre o que seríamos. Praticamente o mesmo gosto musical. E com a paixão pelas animações, nos animamos e nos transformamos... Em amigos. Deixei me levar por suas águas calmas. Por três anos de risadas, de música, de literatura e da sua luz azul-brilhante me envolvendo mais e mais.
E então a separação. Mais uma vez, serei muito sincera: pensei que nunca mais fossemos nos aproximar. Nossos mundos eram totalmente distintos, entende? E mais uma vez, você me surpreendeu. Quando deixei os últimos resquícios da minha própria casca-casa pra trás, você se transformou totalmente. Não era mais apenas a luz azul-brilhante, mas agora o farol em toda a sua plenitude, me ajudando a cada momento a encontrar o norte, me mostrando o caminho através de sua luminosidade que chegava a queimar os olhos de quem olhava de fora.
Obrigada. Obrigada por estar comigo a cada dia desses últimos anos. Obrigada por me apoiar. Por ser não apenas meu braço direito todo o santo dia; mas também minhas pernas quando não pude andar, meus olhos quando não pude enxergar, meu juízo quando não pude discernir. Obrigada por ser o abraço que conforta, as palavras que tranquilizam e as lágrimas que desabafam. Obrigada por ser a risada no dia difícil, e a risada no dia fácil também. Obrigada por ser. E somente por ser.
Porque afinal, menino das bolhas... O que seria de mim sem você?
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Não só pro meu melhor amigo... Acho que muitos melhores amigos vão se identificar também. :)
No início não te dei muita atenção. Na verdade, sendo muito sincera, você não me chamou a mínima atenção. Entre tantos outros com os ares que eu preferia - agitados, falantes e animados -, você era extremamente o oposto. E pensei que não fossemos nos aproximar, nunca. Você não falava. Seu jeito quieto, calado e tímido, de caramujo escondido em sua casca-casa, contrastava totalmente com minha personalidade irritantemente comunicativa, falante. E por um bom tempo pensei que nunca fossemos ser nada além que colegas, dividindo o mesmo espaço.
Mas as reviravoltas dessa vida são incríveis, não são? E então aos poucos você se iluminou. E me iluminou também, com sua tímida luz azul-brilhante. Descobrimos as paixões que dividíamos e então nos redescobrimos. A atração imensa pela literatura e pela fantasia... O senso criativo que transbordava nossos seres a todo o momento, gritando a qualquer um que entre lápis, papel e borracha havia duas mentes que gostavam muito de passar os dias viajando entre as nuvens, apesar dos pés se manterem firmes no chão. E você se redesenhou e me desenhou... E eu reescrevi tudo sobre o que éramos, e sobre o que seríamos. Praticamente o mesmo gosto musical. E com a paixão pelas animações, nos animamos e nos transformamos... Em amigos. Deixei me levar por suas águas calmas. Por três anos de risadas, de música, de literatura e da sua luz azul-brilhante me envolvendo mais e mais.
E então a separação. Mais uma vez, serei muito sincera: pensei que nunca mais fossemos nos aproximar. Nossos mundos eram totalmente distintos, entende? E mais uma vez, você me surpreendeu. Quando deixei os últimos resquícios da minha própria casca-casa pra trás, você se transformou totalmente. Não era mais apenas a luz azul-brilhante, mas agora o farol em toda a sua plenitude, me ajudando a cada momento a encontrar o norte, me mostrando o caminho através de sua luminosidade que chegava a queimar os olhos de quem olhava de fora.
Obrigada. Obrigada por estar comigo a cada dia desses últimos anos. Obrigada por me apoiar. Por ser não apenas meu braço direito todo o santo dia; mas também minhas pernas quando não pude andar, meus olhos quando não pude enxergar, meu juízo quando não pude discernir. Obrigada por ser o abraço que conforta, as palavras que tranquilizam e as lágrimas que desabafam. Obrigada por ser a risada no dia difícil, e a risada no dia fácil também. Obrigada por ser. E somente por ser.
Porque afinal, menino das bolhas... O que seria de mim sem você?
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Não só pro meu melhor amigo... Acho que muitos melhores amigos vão se identificar também. :)